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Mulheres ocupam mais postos no serviço público, mas menos cargos de liderança

No mês de março, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres. Comunidades dedicam um momento para debater a condição feminina na sociedade. No Conselho Federal de Administração, a preocupação é garantir o acesso a postos de trabalho e de destaque para as profissionais de Administração.

Como a atividade de administrar é estratégica, o Sistema CFA/CRAs promove capacitações e trocas de experiências, entre outras iniciativas, como explica o diretor de Gestão Pública da autarquia, Rui Ribeiro.

“As mulheres têm muito a contribuir, seja na gestão pública ou na privada. As brasileiras Administradoras, que são guerreiras e lutadoras, merecem todo o nosso apoio. Elas estão aí para valorizar a nossa profissão como um todo”, afirmou Rui Ribeiro.

É orgânico. A participação feminina em atividades como, por exemplo, de empreendedorismo e gestão acompanha o comportamento do mercado de trabalho no Brasil e no mundo. O Mapa das Mulheres na Política 2023 da Organização das Nações Unidas ressaltou haver, ainda, grande desigualdade entre mulheres e homens em postos de liderança.

Embora o índice tenha aumentado se comparado ao cenário de dez anos atrás, atualmente apenas 11,3% dos 151 países analisados têm mulheres como chefes de Estado. E apenas 9,8% dessas nações contam com a força feminina em cargos de chefe de Governo.

O percentual de mulheres ministras de Estado é de 23%. O Brasil ocupa a 9ª posição, com onze ministras no governo atual. Um outro estudo, do Sebrae, apontou que, do total de 30 milhões dos donos de negócios no Brasil, 10,3 milhões são mulheres empreendedoras. 

Já em 2021, uma pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) indicava que 59% da força do serviço público do Brasil vinha das mãos de mulheres. No entanto, apenas 20% ocupavam cargos de chefia e assessoramento.

Na esfera interna do CFA, dos 70 colaboradores, 25 são mulheres. Das cinco funções de chefia, uma está sob comando feminino. Entre as onze coordenações, cinco são ocupadas por mulheres.

 

Celebrar e respeitar

Para promover a reflexão, o CFA realizou na quarta-feira (8) uma série de eventos voltados tanto ao público externo quanto aos colaboradores da autarquia. Na pauta, o tema: “Um dia para celebrar. Todos os outros pra respeitar”.

Presente no Plenário Belmiro Siqueira, o vice-presidente, Adm. Gilmar Camargo, destacou a relevância histórica da data e o comprometimento do CFA em promover o reconhecimento da competência feminina que, segundo Gilmar enfatizou, não depende só de gênero e, sim, de oportunidade de melhor capacitação da pessoa. (Clique aqui para outros detalhes das ações.)

 

Breve história do 8 de Março

O 8 de Março foi oficializado pela Organização das Nações Unidas em 1975, como resultado de lutas por igualdade de direitos. Têm destaque nessa história os movimentos femininos ocorridos no início da Revolução Russa, como a greve de trabalhadoras em 1917.

Mas um marco sensível é, também, relembrado: a morte, em um incêndio, de 129 mulheres trabalhadoras de uma fábrica da indústria têxtil, em Nova Iorque. Unidas, elas se mobilizaram em busca de melhores salários, redução da jornada de trabalho que era de 14 horas por dia e pelo direito ao voto, entre outras demandas. A tragédia foi em 1911.

 

Patrícia Portales
Assessoria de Comunicação do CFA.