O primeiro dia do XIX Fórum Internacional de Administração (FIA), realizado ontem (26/11), encerrou com um encontro histórico: no palco, duas gerações que moldaram e continuam transformando a ciência da administração. Idalberto Chiavenato, referência mundial e autor de best-sellers, dividiu a cena com seu neto; Lucas Chiavenato, CEO do Instituto Chiavenato, na palestra “Herdeiros da gestão: o impacto duradouro da Administração”.
Lucas abriu a conversa com uma homenagem ao avô, destacando obras que se tornaram pilares para profissionais da área: Teoria Geral da Administração (TGA) e Administração de Pessoas. “Esses livros atravessaram gerações e continuam sendo bússola para quem deseja entender a essência da gestão”, afirmou.
Na sequência, Idalberto trouxe uma reflexão sobre a importância das instituições que fortalecem a profissão. “O Conselho Federal de Administração deu voz e forma aos administradores. E eventos como este constroem caminhos. Nenhuma jornada é solitária”, ressaltou.
Com a autoridade de quem escreveu a história da administração, Idalberto apresentou uma verdadeira árvore genealógica da gestão, desde Taylor até os dias atuais. Alertou para um desafio recorrente: a continuidade do legado, especialmente em empresas familiares, onde a maioria não sobrevive à terceira geração. “Administrar é, antes de tudo, organizar o mundo”, disse, lembrando os pilares clássicos: planejar, organizar, dirigir e controlar recursos para alcançar objetivos com eficiência e eficácia.
Para ele, empresas são ecossistemas de pessoas unidas por um propósito comum. “É a inteligência coletiva que move qualquer organização. Saber lidar com pessoas é essencial para alinhar esforços na mesma direção”, pontuou. Idalberto defendeu ainda a integração entre tradição e inovação: “A continuidade inteligente é unir a herança do passado à tolerância com o pensamento jovem. Elas não caminham juntas por acaso, mas porque se complementam”.
Jornalista Márcia Menezes | Assessora de Comunicação
