Evento agregou diferentes gerações de conselheiros, presidentes de regionais e convidados
Um bate-papo com os principais personagens da história do Sistema CFA/CRAs, reunidos de forma híbrida: parte na sede do CFA, em Brasília, e parte on-line. Essa foi a proposta do evento intitulado como “Plenária das Plenárias”, ocorrido na tarde desta segunda-feira.
Quem deu início aos trabalhos foi o conselheiro federal do CFA Francisco Costa (TO) que fez a lista de presença dos convidados e animou a plateia com um verso de exaltação ao Jubileu e também à história do CFA. Na sequência, passou a palavra para o vice-presidente do CFA Gilmar Camargo — que também é presidente da comissão do Jubileu 60 anos.
Gilmar destacou fenômenos de tempos atuais, em que a tecnologia tem ditado os rumos da sociedade, mas ponderou sobre a importância dos seres humanos para pensar estrategicamente e empaticamente as necessidades de indivíduos, sobretudo, os profissionais. “Quanto mais tecnológica for a função, maior é a necessidade de profissionais que destaquem a humanidade não só nas atividades quanto nos objetivos a serem seguidos”, disse.
Na sequência o presidente do CFA, Leonardo Macedo, agradeceu a presença de todos e ressaltou o legado que cada um dos administradores presentes deixou em sua participação junto ao Sistema CFA/CRAs. Destacou que atualmente existem 2,099 milhões de estudantes que atualmente estão nos bancos de faculdades e que representam o futuro da profissão.
“Essa é uma geração de profissionais de administração que está chegando com muitas ideias e com muitas novidades. E eles já chegam com o compromisso de manter a administração como uma ciência essencial para o desenvolvimento da sociedade e do país”, frisou.
Na sequência, o presidente Leonardo Macedo quebrou o protocolo e convidou o vice-presidente Gilmar Camargo a presidir a sessão em seu lugar, como um gesto de reconhecimento ao seu maior tempo dentro do Sistema CFA/CRAs. Gilmar participa há 35 anos do Sistema, tendo sido presidente do CFA, presidente do CRA-MG, conselheiro federal, conselheiro estadual e diretor de diferentes câmaras no CFA na presidência de outros colegas.
Relatos
Na plenária, Gilmar conclamou a todos para falar o que pensa sobre a trajetória da administração no País, bem como sobre o futuro da profissão. Entre os inscritos, o primeiro a falar foi o conselheiro federal Rodrigo Cazelli (MS), que parabenizou o Sistema pela iniciativa de trazer e ouvir os personagens que fizeram parte da história do Sistema CFA/CRAs e narrou um pouco de sua história junto às autarquias federal e regional da administração.
“Em 2012, quando fui participar do Sistema, eu não conhecia o CFA e nem o CRA profundamente, então me perguntei por que que eu faria parte de um movimento como esse. Cheguei à conclusão de que eu precisava fazer parte da instituição que regulamenta a profissão, seja para falar mal ou falar bem, por isso resolvi entrar para contribuir e estou aqui até hoje”, disse.
Entre os inúmeros participantes que falaram no evento também estava o ex-conselheiro do CFA e atual presidente da Federação Brasileira de Administradores (Febrad), Itamar Kunert. Ele lembrou sua atuação como executor de projeto que disseminava a perícia judicial para administradores, ainda nos anos de 1990.
“Tenho a honra de dizer que sou o pioneiro da perícia judicial no Brasil. Além disso, sou remido do CRA-SP, onde tive a honra de pagar o registro por 47 anos; fora isso sempre lutei pelo desenvolvimento desta profissão”, narrou.
Na sequência falou o conselheiro federal Emerson Arantes (RR), que ressaltou a importância dos 60 anos da regulamentação da profissão que, de acordo com ele, faz a nova ciência das organizações. “É uma profissão que cuida das organizações e das pessoas, que nos inspira a fazer um futuro melhor: o melhor para nossas empresas, para nossos negócios e ajudar o nosso país a ser uma liderança mundial”, sentenciou.
Reflexões
O conselheiro federal Silvio Pires (SP) também colaborou com reflexões sobre a data. Ele contou que estava em Florianópolis (SC), recentemente, em reunião pelo Sistema CFA/CRAs, quando pegou um Uber e se deparou com um motorista iraniano que não sabia falar português e nem o caminho para o trajeto final.
“Agora imagina, um motorista iraniano, que também não falava bem o inglês, poderia me levar perfeitamente onde eu queria, pois o sistema de pagamento era controlado, e o aplicativo levava por causa do GPS. Estou contando tudo isso, pois é um símbolo do que vai acontecer na nossa profissão; todo dia a gente tem que pensar em inovação e renovação e por trás dessa história está a administração”, explicou.
Um dos últimos a falar, o conselheiro federal Francisco ressaltou a importância de misturar no evento diferentes gerações do Sistema para falarem sobre o que foi feito, o que estão fazendo e o que é preciso fazer no futuro. Ele ainda expôs com otimismo uma ótica em que a profissão é ainda mais valorizada no Brasil, mas que para tanto é fundamental adotar uma abordagem multifacetada que envolve ações de diversas áreas.
Costa afirmou que é preciso valorizar a educação, em especial a formação continuada, mas também promover a atualização curricular dos cursos de administração comparando-os a novas tendências e tecnologias. Disse, ainda, que é preciso estimular a existência de cursos de especialização e de certificações — que capacitem administradores a se adaptarem às demandas do mercado— e fomentar campanhas de conscientização sobre a importância e relevância da profissão.
Segundo o conselheiro, ainda é preciso fazer ações de marketing e promover a gestão ética e responsável. “Não adianta fazer se a gente não divulgar que existimos e porque existimos, além disso, devemos criar uma identidade forte e reconhecida para a profissão, valorizando suas contribuições para a economia e a sociedade”, concluiu.
Assessoria de comunicação do CFA
