Dados da seguradora Zurich Insurance e do Fórum Econômico Mundial afirmam que, até o final de 2025, a Geração Z representará cerca de 27% da força de trabalho global. Apesar das inúmeras vantagens de trabalhar com essa nova geração, o levantamento sugere desafios e preocupações ao mercado de trabalho.

Considerados os primeiros nativos digitais, Gen Z, ou Zoomers, são as pessoas nascidas de 1997 a 2012, que nasceram e cresceram em um ambiente digital. O perfil da geração é moldado pelas grandes transformações na sociedade, como debates mais abertos sobre diversidade, mudanças na relação com o trabalho, novas formas de empreendedorismo, além da alta na atenção ao impacto social e à saúde mental. Alguns traços dela são característicos:

• Aprendizado rápido, autônomo e prático;
• Familiaridade com tecnologia e comunicação digital;
• Valorização de causas sociais;
• Visão colaborativa e trabalho em equipe;
• Abertura quanto à diversidade, entre outros.

Devido a todas essas habilidades, essa geração preza por líderes que incentivam a autonomia e criam oportunidades de aprendizados em ambientes com espaço para progressos e comunicação clara. De acordo com a empresa de tecnologia Opinion Box, 35,8% dos profissionais da Gen Z valorizam uma comunicação transparente e 35% gostariam de ter feedbacks frequentes dos líderes.

Os dados apontam caminhos para alcançar os anseios dos primeiros nativos digitais: conversas diretas com linguagem acessível, oportunidade de crescimento e flexibilidade no ambiente corporativo.  Ao compreender essa necessidade e combinar os fatores, os líderes podem aumentar a confiança, estimular o engajamento e criar vínculos com a Gen Z. 

Já a falta de adaptações que colabora com o crescimento individual e a integração da geração pode minar a relação profissional, além de criar barreiras nas empresas, afastando os Zoomers. 

Esses jovens buscam entender o porquê fazem e para quem é direcionado o trabalho que desenvolvem.  Isso importa, fazendo do senso de propósito essencial para o sentimento de realização quanto à carreira profissional. Por isso, a Geração Z tem um perfil mais questionador, o que pode desagradar gerações distintas, fazendo com que a tarefa de liderar a geração Z seja desafiadora.

A boa notícia é que a liderança não nasce pronta, mas evolui e cresce com prática. É possível criar um ambiente seguro e respeitoso, com espaço para que os diferentes indivíduos se conectem, com incentivo a trocas entre quem tem mais experiência e quem está começando, com estímulo ao diálogo e ao desenvolvimento de um ambiente de trabalho que encoraje os colegas a crescer.  Oferecer oportunidade para que todos proponham ideias e assumam responsabilidades com autonomia é um bom começo para minimizar os desafios e preocupações com os Zoomers e todas as outras gerações presentes no mercado de trabalho.

Créditos: Ana Clara de Lima | Estagiária de jornalismo, sob supervisão de Adriana Mesquita.
Assessoria de Comunicação CFA